Indução da ovulação

O estímulo da ovulação é também conhecido como “indução da ovulação”. É o estímulo dos ovários para que eles façam crescer mais folículos neste período. Normalmente, por período, um único folículo ovariano cresce naturalmente estimulado por hormônios (FSH e LH) produzidos pela hipófise. Como precisamos de mais folículos crescidos, estimula-se o crescimento de mais de um folículo, utilizando as gonadotrofinas, que são praticamente idênticas aos hormônios naturais produzidos pela hipófise. Não é necessário receio quanto ao seu uso, pois hoje, com a modernização da produção, são raros os efeitos colaterais, como também não oferecem riscos a sua saúde.

Existem várias maneiras de utilizá-las e costuma-se falar em protocolo longo ou curto; seu médico escolherá o melhor protocolo para você.

No protocolo longo, opta-se pela indução da ovulação tendo como início o 21º dia do ciclo menstrual com a administração de um medicamento que irá bloquear a liberação das gonadotrofinas naturais, que podem tanto atrapalhar a estimulação ovariana que virá a seguir quanto causar a ovulação prematura. Esta fase dura de 10 a 14 dias, quando geralmente ocorre a menstruação. Neste momento, realiza-se exames de ultra-som e de dosagem hormonal no sangue para verificar se tudo está correndo bem, ou seja, se já está instalado o bloqueio. Uma vez instalado, mantem-se esta medicação e inicia-se a estimulação dos ovários utilizando as gonadotrofinas. Vale dizer que existem várias disponíveis, algumas de uso intramuscular e outras de uso subcutâneo; mais uma vez, seu médico escolherá a mais adequada a você, levando-se em consideração sua idade, seu peso, sua reserva ovariana, etc. Você passará a utilizar esta medicação após o início da menstruação, que como já dissemos, ocorre de 10 a 14 dias após o início do bloqueio; se você não menstruou, o médico irá avaliar se o bloqueio se instalou e quando será melhor iniciar as injeções.

Caso a opção seja pelo protocolo curto, o início da indução de ovulação ocorre no 2º ou 3º dia do ciclo menstrual, sem o bloqueio anterior. Imediatamente antes do início da medicação realiza-se um ultra-som transvaginal, além da dosagem de estradiol no sangue, para verificar se o processo pode ser iniciado. As gonadotrofinas utilizadas são as mesmas descritas no protocolo longo.

Nos dois protocolos o crescimento dos folículos ovarianos é controlado com o ultra-som transvaginal e com exames de sangue que medem os níveis de estradiol, hormônio que é produzido pelos folículos em crescimento. Quando pelo menos 2 folículos atingirem o diâmetro médio de 18mm, outra medicação, em dose única, é administrada. Ela irá atuar como um “gatilho” simulando a descarga de um hormônio natural (LH) que induz o amadurecimento final dos óvulos.

A coleta dos óvulos será realizada cerca de 34 a 36 horas após o uso desta última medicação.

Atualizado Agosto 2014