Fertilização In Vitro

1) Posso não responder às medicações de indução da ovulação e não ter óvulos para realizar a fertilização?

Algumas mulheres podem responder de forma inadequada à indução de ovulação, e não produzirem óvulos em número suficiente para o sucesso do tratamento. Um novo esquema poderá ser estudado para um novo ciclo após um período de descanso.

2) Qual o risco de eu engravidar de gêmeos ou trigêmeos?

O risco de gestação múltipla ocorre em aproximadamente 45% de todas as gravidezes. Destas, cerca de 35% são gemelares, 10% trigemelares, e ao redor de 2% de quadrigemelares.

Entretanto, vale lembrar que número de embriões a ser transferido depende da idade da mulher, qualidade dos embriões e desejo do casal, sempre seguindo a legislação vigente. O Conselho Federal de Medicina, de acordo com a Resolução CFM n. 2013/2013, determina que o número de embriões a ser transferido não pode ser superior a quatro, e faz as seguintes recomendações de acordo com a idade materna:

a) Mulheres com até 35 anos: devem transferir até 2 embriões
b) Mulheres entre 36 e 39 anos: devem transferir até 3 embriões
c) Mulheres entre 40 e 50 anos: devem transferir até 4 embriões

3) A fertilização in vitro aumenta as chances de eu ter uma criança com problemas?

As crianças nascidas a partir de fertilização in vitro e ICSI tem o mesmo risco de apresentarem anomalias congênitas, que é ao redor de 2%, quando comparadas às crianças nascidas por concepção natural. Portanto, a Fertilização in vitro não aumenta os riscos de defeitos congênitos.

4) A hiperestimulação ovariana é comum?

Determinadas mulheres apresentam alta sensibilidade aos hormônios, levando-as à hiperestimulação dos ovários. A ascite (líquido no abdome), dor abdominal, diminuição do volume urinário, requer acompanhamento médico. É uma complicação rara que ocorre em 1% dos casos, e pode inclusive requerer internação hospitalar.