Endometriose

O útero possui uma camada interna, chamada endométrio, que serve para acomodar a implantação do embrião. Durante o ciclo menstrual, hormônios atuam sobre o endométrio, tornando-o mais espesso, e preparando-o para receber o embrião. Se não houver a gravidez, os níveis de hormônios caem e o endométrio descama, ocorrendo assim a menstruação.

Quando o endométrio se forma fora do interior do útero, surge uma doença chamada endometriose. A endometriose pode atacar os ovários, o colo do útero, a vagina, o intestino, a bexiga, etc. Quanto mais órgãos envolvidos, mais grave é a endometriose.

A causa da endometriose ainda permanece desconhecida. Mulheres com menstruação regular, abundante e prolongadas têm maior chance de desenvolver endometriose. Por outro lado, o uso prolongado de anticoncepcionais orais, gravidezes anteriores, ciclos irregulares e primeira menstruação tardia diminuem a chance de ocorrer endometriose.

Estima-se que 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva sejam portadoras de endometriose. Nas mulheres com dificuldades para ter filhos, a incidência deste problema chega a 40%, e nas mulheres com dor pélvica pode chegar a 70%.

Os sintomas mais característicos da endometriose são cólicas menstruais progressivas, e por vezes muito fortes; dor durante as relações sexuais; distúrbios menstruais; dores para evacuar; dor para urinar; presença de sangue na urina; e infertilidade. Entretanto, é frequente encontrar a endometriose durante a videolaparoscopia de mulheres com dificuldades para engravidar, e sem que estas tenham apresentado qualquer sintoma durante sua vida.

A endometriose pode causar aderências nas trompas, ou então a obstrução total ou parcial das mesmas. Nestes casos, a trompa não consegue captar o óvulo liberado pelo ovário no momento da ovulação, levando então a incapacidade de engravidar.

Existem várias medicações e procedimentos cirúrgicos para o tratamento da endometriose. A seleção do melhor tratamento deve ser baseado na idade da mulher, número de filhos, desejo de gravidez, intensidade dos sintomas, estágio da doença, e resposta a tratamentos anteriores.

Caso não ocorra a gravidez natural após o tratamento indicado, pode-se recorrer às técnicas de fertilização assistida.

 

Atualizado Agosto 2015
Aprovado por Dr Sandro Esteves, Diretor Clínico