Dicionário

Anejaculação:

Ausência de ejaculação (saída do esperma), orgasmo e sensação ejaculatória. Ocorre em problemas neurológicos e psicológicos.

Aspermia:
Ausência de ejaculação (saídas do esperma); entretanto, há presença de orgasmo e sensação ejaculatória. É o mesmo que orgasmo seco. Pode ser causado por ejaculação retrógrada total ou obstrução dos ductos ejaculadores.

Capacitação:
Processo bioquímico e estrutural que o espermatozóide sofre no trato reprodutor feminino, que o prepara para fertilizar o óvulo.

Criopreservação:
Métodos para preservação de pré-embriões e espermatozóides, mantendo-os em baixa temperatura (-196ºC). As células são protegidas dos danos causados pelo congelamento e posterior aquecimento, por substâncias chamadas crioprotetores. O congelamento de sêmen é preferencialmente manual e o de pré-embriões por congeladores computadorizados.

Diagnóstico pré-implantacional:
Diagnóstico genético realizado a partir da aspiração de um ou mais blastômeros (células) de um pré-embrião ou do primeiro corpúsculo polar do oócito , obtido por FIV ou ICSI, através de micromanipulação. Pode ser feito a nível gênico por técnicas de biologia molecular (PCR- Reação da Cadeia de Polimerase) ou a nível citogenético (FISH – Hibridização in situ pela fluorescência).

Ejaculação retrógrada:
Passagem do sêmen, total ou parcialmente, da uretra prostática para a bexiga, por falta de fechamento do colo vesical na ejaculação.

Ejaculação:
Expulsão do sêmen para o exterior.

Eletro-ejaculacão:
Técnica de obtenção do sêmen através de estímulo elétrico na região da próstata e vesículas seminais com uso de estimulador transretal. Utilizado em casos de anejaculação, principalmente em indivíduos com lesão medular.

ELSI:
Elongated Spermatid Injection – Injeção de Espermátide Alongada – Técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática do espermatozóide no óvulo) em que ao invés de espermatozóide é injetado no oócito a espermátide alongada (espermatozóide imaturo, porém no estágio mais avançado de maturidade antes de chegar ao espermatozóide).

Embrião:
Fase do produto de concepção em que este já está implantado no útero, após a formação da notocorda.

Emissão:
Passagem das secreções testiculares, prostáticas e das vesículas seminais para a uretra prostática.

Fertilização Assistida:
Inclui as técnicas de Reprodução Assistida em que a fertilização é obtida artificialmente pelas técnicas de micromanipulação (ICSI, PZD, SUZI, etc). Termo consagrado pelo uso, porém incorreto por ser a tradução do termo inglês “assisted” que significa auxiliada.

FIV:
Fertilização “in vitro” – Técnica de reprodução assistida onde a fertilização do oócito pelo espermatozóide ocorre em laboratório. A ovulação é geralmente estimulada (existem vários protocolos utilizando ou não análogos de Lh-Rh), os oócitos são colhidos através de punção guiada por ultra-sonografia endovaginal, e colocados juntamente com os espermatozóides processados em ambiente com 5% de CO2 e temperatura de 37ºC. Após 48 a 72 horas os pré-embriões formados contendo 4 a 8 células são transferidos para a cavidade uterina.

Gradiente Descontínuo Coloidal:
Técnica de processamento ou beneficiamento do sêmen, onde os espermatozóides são selecionados através da passagem dos mesmos por gradientes de densidade diferente, preparados com colóides (Exemplo: Enhance-S, Percoll, Isolate).

Hiperestimulação ovariana:
Estimulação da ovulação por medicamentos, para obter a maturação de mais de um óvulo em um determinado ciclo menstrual. É utilizada nas técnicas de reprodução assistida.

ICSI:
Intracytoplasmic Sperm Injection – Injeção intracitoplasmática do espermatozóide no óvulo – Técnica de fertilização assistida em que é feita a injeção de um único espermatozóide no citoplasma do oócito, através de um aparelho especialmente desenvolvido contendo microagulhas para injeção (micro-manipulador). Segue os mesmos passos da fertilização “in vitro”.

Implantação embrionária:
Ou nidação, é a fixação do pré-embrião no endométrio (camada interna do útero).

Infertilidade:
Significa ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais normais sem o uso de método anticoncepcional. Alguns autores preferem utilizar o termo esterilidade como incapacidade definitiva de obter gestação.

Inseminação artificial:
Técnica de reprodução assistida na qual os espermatozóides selecionados pelas técnicas de processamento são introduzidos por meio de uma sonda no trato genital feminino, geralmente no útero. Do parceiro (Homóloga): Quando é utilizado o sêmen ou espermatozóides do parceiro. De doador (“Heteróloga” – Termo consagrado pelo uso): implica na utilização do sêmen ou espermatozóides de doador. Intra-uterina: Espermatozóides processados são introduzidos na cavidade uterina. Cervical: Sêmen ou espermatozóides processados são introduzidos no canal cervical. Vaginal: Sêmen é colocado na vagina.

MESA: 
Microsurgical epididymal sperm aspiration – Aspiração microcirúrgica de espermatozóides do epidídimo – – Técnica de obtenção de espermatozóides no epidídimo de homens azoospérmicos (com ausência de espermatozóides na ejaculação), em geral de causa obstrutiva (exemplo: vasectomia), na qual realiza-se uma microcirurgia que expõe o epidídimo e aspira-se os espermatozóides nele armazenados.

Micromanipulação:
Conjunto de técnicas de laboratório para a manipulação de espermatozóides, oócitos e pré-embriões, com a utilização de microscópio óptico, micropipetas e microagulhas.

Oócito pró-nucleado:
O oócito após a fertilização que apresenta os pró-núcleos masculino e feminino.

Pré-embrião:
Fase do produto de concepção em que já ocorrem divisões celulares até a implantação uterina, antes da formação da notocorda.

Processamento do sêmen:
Técnicas laboratoriais que removem o plasma seminal e procuram isolar espermatozóides móveis, separando-os dos outros constituintes celulares.

Reação acrossômica:
Reação estrutural que ocorre no espermatozóide provavelmente induzida após a adesão na zona pelúcida do oócito e que consiste na liberação de enzimas que facilitam a penetração do oócito pelo espermatozóide.

Reprodução Assistida:
Inclui as técnicas utilizadas no tratamento da infertilidade conjugal para obtenção de uma gravidez sem relação sexual. Termo consagrado pelo uso, porém incorreto por ser a tradução do termo inglês “assisted” que significa auxiliada.

ROSNI:
Round Spermatid Nucleous Injection – Injeção de Núcleo de Espermátide Redonda – Técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática) em que ao invés do espermatozóide, injeta-se no oócito o núcleo da espermátide redonda (célula imatura precursora do espermatozóide).

ROSI:
Round Spermatid Injection – Injeção de Espermátide Redonda – Técnica de ICSI (injeção intracitoplasmática) em que ao invés do espermatozóide, injeta-se no oócito a espermátide redonda (célula imatura precursora do espermatozóide).

Síndrome de hiperestimulação ovariana:
Efeito colateral do tratamento de hiperestimulação ovariana em que ocorre desenvolvimento de folículos ovarianos em excesso, causando uma grande produção de estradiol (hormônio feminino), que pode levar, nos casos graves, a derrame pleural, pericárdico, ascite, desequilíbrio hidro-eletrolítico, hipovolemia e fenômenos trombo-embólicos. Ocorre em 0,25 a 6% dos ciclos de estimulação ovariana. Raramente ocorre em ciclos ovulatórios espontâneos, e só ocorre na presença de pico de LH endógeno ou administrado (exógeno).

Swim-up:
Técnica de processamento ou beneficiamento do sêmen onde seleciona-se os espermatozóides que exibem excelente motilidade.

TESA:
Testicular sperm aspiration – Aspiração testicular do espermatozóide – Técnica de obtenção de espermatozóides no testículo através de aspiração percutânea com agulha.

TESE:
Testicular Sperm Extraction – Técnica de obtenção de espermatozóides por biópsia testicular. Pode ser realizado por via cirúrgica ou percutânea com agulha de biópsia.

Útero de aluguel (Cessão temporária de útero):
Utilização do útero de uma outra mulher para receber os pré-embriões gerados por FIV ou ICSI com gametas dos pais biológicos, nos casos de ausência ou disfunções uterinas da mãe biológica.
Vasoepididimostomia: Técnica microcirúrgica pela qual se refaz a comunicação do canal deferente com o epidídimo, para ultrapassar uma obstrução existente neste último.
Vasovasostomia: Técnica microcirúrgica para refazer a comunicação entre os canais deferentes (sinônimo de reversão da vasectomia).

Vibro-ejaculação/Vibro-estimulação:
Técnica de obtenção de sêmen através de estímulo vibratório na região do freio e glande do pênis. Utilizado em casos de anejaculação, principalmente nos indivíduos com traumatismo raqui-medular.

Zigoto:
Oócito fertilizado após a singamia (fusão dos pró-núcleos). O mesmo que ovo.