Avaliação da Fertilidade de Mulheres Mais Velhas

As chances de gravidez diminuem com a idade, então é recomendado que mulheres mais velhas que estejam tentando conceber por mais de 6 a 12 meses sem sucesso procurem um especialista em infertilidade. A maioria dos exames de infertilidade podem ser completados em 1 a 3 meses e devem ser realizados prontamente, e o tratamento apropriado pode ser iniciado imediatamente após a avaliação.

O especialista pode sugerir exames de sangue para verificar os níveis hormonais no início do ciclo menstrual. Os níveis desses hormônios podem sugerir se os ovários estão se tornando menos sensíveis aos hormônios que induzem a ovulação. Embora as taxas de gravidez sejam menores em todas as mulheres acima de 40, mulheres com altos níveis de alguns hormônios no início do ciclo menstrual, independente da idade, também têm chances menores de engravidar.

Aconselhamento Genético

Mulheres acima de 40 anos têm um risco maior de gerar crianças com problemas cromossômicos. Por isso, essas mulheres podem procurar um aconselhamento genético antes de tentar a gravidez. O geneticista fornecerá informações quanto às chances de ter uma criança com problema cromossômico, como a Síndrome de Down, e as opções de exames pré-implantacionais e pré-natais se a gravidez for atingida.

A biópsia de vilo coriônico e a amniocentese são dois métodos de exames pré-natais. É possível também detectar certas doenças antes da transferência dos pré-embriões, quando se realizam técnicas de fertilização “in vitro” . Esta técnica chama-se Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD).

No PGD, uma célula é retirada do embrião na fase inicial de desenvolvimento, quando este ainda está sendo cultivado no laboratório. O material genético da célula removida é estudado, e se o pré-embrião apresentar algum defeito genético, este poderá não ser transferido para o útero, transferindo-se apenas os embriões saudáveis. As 3 maiores aplicações do PGD são: 1) Determinação do sexo do pré-embrião, quando o casal possuir histórico de doenças ligadas ao sexo, como a hemofilia; 2) Detecção de anormalidades genéticas que acometem mais frequentemente mulheres em idade mais avançadas, como a síndrome de Down; 3) Detecção de defeitos genéticos envolvendo um único gene, como a fibrose cística e a anemia falciforme.

É importante esclarecer que a escolha do sexo do bebê, embora tecnicamente possível, é PROIBIDA POR LEI no Brasil.

Aconselhamento Médico

Mulheres portadoras de doenças, tais como pressão alta e diabetes, também merecem atenção especial e aconselhamento do obstetra ou neonatologista, antes de tentar a gravidez. É importante que esses tipos de problemas de saúde sejam bem controlados antes da tentativa de engravidar. Por essa razão, o obstetra pode sugerir uma mudança na medicação ou cuidados médicos gerais antes da gravidez. Mesmo sem pressão alta e diabetes pré-existentes, essa condições se desenvolvem mais comumente em mulheres que concebem após os 35 anos. Como resultado desse risco aumentado, exames e monitoramento especiais podem ser recomendados durante a gravidez.

 

Atualizado Agosto 2015
Aprovado por Dr Sandro Esteves, Diretor Clínico